Paro em frente ao papel
e a vontade de escrever algo
só não sei bem o que é
e nem que forma terá.
Queria falar de amor
daquele que já tive,
do que eu tenho,
e até dos que terei.
Quem sabe da rosa em botão,
da gota de chuva pingente,
do sol escondido por nuvens
até do acorde desordenado.
Paro e olho sem ver,
escuto o som inexistente,
sinto o que não faz sentido
e vivo levando a vida.
Parei perante a folha,
falei de amor e amores,
olhei e vi o horizonte
que ocultava-se por trás da vida.